Guia Sem Pânico: trilhas

Para quem quer ser saudável, para quem quer estar em contato com a natureza, para quem gosta de fotografia, para quem busca pelo auto-conhecimento, para quem ama fazer amigos… o trekking é uma prática democrática e completa.

Apesar de qualquer pessoa poder se aventurar em uma caminhada, o praticante precisa ter alguns cuidados simples para que tudo dê certo. Falo isso pois, por onde ando, percebo dois fenômenos muito curiosos:

  1. Pessoas que consideram que fazer trilha é super tranquilo.
  2. Pessoas que consideram que fazer trilha é muito perigoso.

Para o 1º fenômeno citado, claro que caminhar não é (e nem deve parecer) complicado. Está aí, aliás, a grande beleza de se trilhar ♥. O perigo está no que eu chamo de Síndrome do Nunca Fui, Mas Sei como É. Por exemplo: pessoas que costumam treinar na esteira da academia e, mesmo sem nunca terem testado seu condicionamento em uma trilha, acham que estão preparados para uma trilha nível 4 (ou Média, com duração de 4 a 6 horas, de 5 a 8 Km). Há, ainda, pessoas que assistem muito ao Bear Grylls, ou leem muitos blogs de trilhas e consideram que já sabem o suficiente para “se virar” em qualquer mato.

Se você se identificou com o 2º fenômeno, assimilará muito melhor as informações deste artigo, pois começará do zero. Com cautela, você perceberá o quão seguro é fazer trilha.

Apesar da simplicidade, acredito muito que o trekking deve ser visto como um esporte não-guiado. Você deve explorar os seus limites para então se arriscar aos limites do horizonte. Respeite a si mesmo e amplie esse respeito para as pessoas e o ambiente.

Passada a filosofia de quem gosta de caminhar na natureza, vamos às dicas práticas.

 1.  Planejamento do itinerário

Pesquise sobre o caminho

Até existe um padrão internacional e no Brasil normalmente usamos leve, média, moderada e pesada, mas o critério para nomear as trilhas em níveis pode variar. Para facilitar, você deve se atentar às informações práticas, não aos nomes.

  • Tipos de terrenos: plano, aclive leve, escalada, escalaminhada…
  • Tipos de piso: grama, terra batida, asfalto, areia, pedra, mata fechada…
  • Tipos de ecossistemas: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal, Costeiros, Manguezais, Restingas, Tundra, Desertos…
  • Distância percorrida
  • Tempo de duração

Monte seu roteiro

Se a caminhada for curta e dentro da sua cidade, não precisa elaborar um roteiro escrito nem nada do tipo. Mas é essencial que você, considerando o tempo de deslocamento, o tipo de trilha que irá fazer e tudo o que vimos anteriormente, tenha uma noção de por onde começar e terminar. Para isso, pesquise os arredores para saber o que pode, ou não, te interessar.

Por exemplo, se você vai fazer uma trilha e, pesquisando no mapa, descobriu que há uma bifurcação que leva a uma gruta, pesquise sobre a gruta. Mesmo que não esteja em seus planos, se no meio do caminho você decide ir à gruta apontada em uma placa, já conhece o quanto vai andar e os atrativos de lá.

Conheça o percurso

É sempre bom saber se localizar. É importante buscar o mapa de onde você pretende ir, logo no primeiro instante da organização de sua caminhada. Se puder, leve um GPS.

 2.  Preparação – Equipamentos

Agora que você já sabe das principais características do lugar, sabendo o que irá encontrará, você se prepara muito melhor. A regra mais importante está na prioridade os itens que deseja levar consigo, pois levar algo não necessário significa peso extra desnecessário e esquecer algo necessário significa perrengue desnecessário.

Vestuário

Use roupas leves, proteja seu rosto com um boné ou chapéu,  e um casaco para dias mais frios  (tecidos fleece ou dry fit, a depender do clima). Camisetas de algodão também são bem vindas, então separe seu look MenteBrava preferido!

Verifique as condições climáticas. Para locais de grande amplitude climática (sol, chuva, frio e calor no mesmo dia) e se for fazer travessias com mais de um dia, tenha sempre um casaco leve e impermeável (anorak).

Teste o solado do seu calçado. Considero esse o item mais importante do vestuário, pois tem a ver com a sua segurança. Invista em um calçado confortável, que te garanta nos movimentos e na pisada, e não escorregue.

Itens na mochila

– Hidratação/Água*
– Comida/lanches*
– Filtro solar e outras proteções contra raios solares*
– Lanterna e fonte de energia extra (pilhas extras, bateria extra ou carregador solar)
– Telefone celular carregado (para emergências, não para twitar)
– Repelente
– Kit de primeiros socorros e remédios de uso diário
– Proteção waterproof
– Apito
– Mapa, bússola e/ou GPS
– Canivete
– Fósforos ou isqueiro
– Canivete
– Talheres, pratos, copos

* Itens essenciais, onde você pode exagerar para mais, mas nunca para menos. Os demais são itens acessórios.

Atenção ao peso

Já aconteceu de eu ter que dividir o peso extra de parceiros de travessia na minha mochila e, exatamente por esse motivo, já aconteceu de eu abrir mochila de parceiros de trilha pra me livrar do peso extra deles antes mesmo de iniciar a caminhada (sim, eu fiz e faço isso sempre, por que sei o quão irritante é ter que carregar peso extra -principalmente se for dos outros).

 3.  Durante a trilha

Ritmo da caminhada

Mesmo que o caminho não seja novidade para você, trilhas estão sempre sendo transformadas pela natureza e pelos animais (humanos ou não). Sendo assim, você nunca sabe o que irá encontrará mais a frente. Seja humilde. Seja atento. Poupe energia. E, com esse espírito (de humildade, atenção e inteligência no gasto de energia) encontre um ritmo confortável para a caminhada.

Descanso

Aqui está uma questão pessoal. Tem gente que precisa descansar mais vezes em menos tempo, tem gente que precisa de mais tempo e menos repetições. Você precisa se conhecer, esse é o segredo. Escute teu organismo e respeite o que ele te diz. O mesmo para com os outros: sua equipe se torna uma extensão de você e é preciso escutar o que os outros dizem sobre o ritmo de caminhada e também sobre as necessidades de descanso, comida e água.

A dica não está na frequência, nem intensidade do descanso, mas sim no modo:

– Procure uma sombra
– Não fique no meio do caminho, para não atrapalhar a passagem
– Não deixe o músculo “esfriar”, senão fica mais difícil de voltar a caminhar
– Trabalhe o psicológico com responsabilidade: você sabe o quanto pode, mas não se limite em excesso, nem tente transpor muito além do que imagina que consegue.

Não pague mico!

– Sempre avise a alguém qual trilha você fará e a previsão de retorno.
– Traga de volta todo e qualquer lixo que você produzir ou encontrar.
– Interfira o mínimo possível no ecossistema
– Não grite. Se quiser ouvir música, leve um fone de ouvido (eu sou contra, você deve se conectar com o ambiente e a audição é importante até para a sua segurança, mas tem gente que gosta de ouvir música enquanto caminha, então o mínimo é não forçar os demais a ouvir seu barulho)
– Cumprimente as pessoas que passarem por você. Seja educado com quem pode, mais tarde, vir a te ajudar.
– Não alimente os animais. Leia de novo: não alimente os animais! Isso é sério, gente. Os animais silvestres não podem ser acostumados a confiar no humano, pois nem todos são confiáveis. Além disso, nós podemos transmitir e contrair doenças.

102 comentários em “Guia Sem Pânico: trilhas

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